Otto aceita convite de Temer para lançamento de projeto de revitalização do Rio São Francisco

O presidente interino Michel Temer (PMDB) lança na próxima terça-feira (9) no Palácio do Planalto um projeto de revitalização do Rio São Francisco chamado de “Novo Chico”. Serão investidos R$ 10 bilhões até 2016 em obras de saneamentos nos municípios que integram a bacia, além de desassorear o leito do rio e recuperar os mananciais.


O senador Otto Alencar (PSD-BA) recebeu o convite para participar da cerimônia com entusiasmo. Não apenas vai, como faz questão de afirmar que este é um projeto que deve ser recebido com comemoração por toda a população que tem no Velho Chico sua base de sustentação de água, energia e trabalho.


“Defendo este projeto há muito tempo e desde que cheguei no Senado coloquei este objetivo na minha agenda. Falei diversas vezes com interlocutores do governo da presidente Dilma e não obtive o resultado. Talvez, esta seja a melhor notícia para o povo nordestino dos últimos anos”.


O senador, contudo, rechaça qualquer relação entre a sua presença no lançamento do projeto e o seu julgamento no processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. A data para a análise, em plenário, do relatório do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) é dia 9, contudo, a cassação mesmo será votada na última semana de agosto.


Otto, em conversa com a reportagem do Bocão News, manteve a posição que tomou já há algum tempo: não antecipou o voto. Garante que não está preocupado com as ilações que eventualmente surjam a partir da sua participação na cerimônia de Michel Temer e critica algo que no Congresso Nacional é apontado como uma das principais razões para Dilma estar na posição atual.


“Acima dos interesses doutrinários e partidários está o interesse das pessoas. O País precisa muito mais de patriota do que de partidários. Talvez, o grande erro da administração de Dilma foi fazer um gabinete ideocrático (sic). Se analisarmos o gabinete da presidente veremos que só tinha o PT. De (Aloizio) Mercadante, (Ricardo) Berzoini, (Miguel) Rosseto. Era o gabinete de um partido só. O partido estava tão presente que quando Jaques Wagner chegou, mesmo com toda a experiência e capacidade de articulação, não conseguiu resolver os problemas. Deixaram um passivo muito grande de falta de atenção aos parlamentares e articulação política”.


CHICO — Voltando ao São Francisco, Otto diz que se o projeto não sair do papel não demorará para o rio secar. “Não sou contra a transposição. Sou contra transpor sem realimentar. Outra coisa, tem lugares próximos da bacia do São Francisco em que as pessoas não têm água. É preciso resolver este problema antes. Vou citar dois exemplos: Boritirama é alimentada por poços artesianos; Já Campo Alegre é ainda mais carente. São carros-pipas do exército que levam água para lá. Portanto, precisamos recuperar o rio para esta geração e para as futuras. É disso que se trata o projeto e não vou ficar discutindo partidarismo quando o assunto é vida”.


Fonte: Bocão News


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