"Caso tenha que cumprir, há o risco de fechamento de 10 escolas rurais e demissão de cerca de 400 funcionários," diz prefeito de Ruy Barbosa sobre piso salarial dos professores


Após acompanhar a chegada de pais e alunos nas escolas do município, o prefeito Cláudio Serrada cedeu entrevista para imprensa local a fim de esclarecer questões sobre a volta às aulas na rede pública municipal e o estabelecimento de greve por parte de professores efetivos. 

O prefeito se manifestou muito entusiasmado com o retorno das atividades escolares no município após dois anos sem aulas presenciais. Ele declara que esse sentimento se fortaleceu ainda mais depois de sentir a boa receptividade dos pais e alunos que estavam presentes enquanto ele visitava as escolas do município. 

Apesar de os professores efetivos terem entrado em greve nesta segunda-feira, as aulas aconteceram normalmente e o prefeito afastou a possibilidade de não haver aulas caso o quadro da greve não se altere. Ele afirma que se for necessário contratará professores por meio dos recursos próprios para evitar que os alunos corram o risco de ficar sem aula. 

Quando questionado sobre a greve, ele reafirma que defende o direito dos professores de lutarem por aumento salarial, mas reforça que depois desse longo período sem aulas presenciais o mais importante no momento é garantir aos pais e alunos o direito à Educação. 

Ainda sobre a greve, Cláudio afirma que nunca se reuniu com a APLB municipal para tratar da reivindicação da classe pelo aumento de 33,24% em seus salários, além do mais, alega que nunca teve resposta às suas tentativas de negociação com a classe. 

Essa pretensão por parte dos professores se baseia em uma portaria do presidente Jair Bolsonaro que eleva o Piso do Magistério em 33,24% em todo território nacional, mas não houve aumento do repasse de verbas federais por parte do Governo Federal de forma que os prefeitos, em muitos casos estão impossibilitados de cumprir com seus vencimentos caso pratiquem esse ajuste para a classe. 

Em reunião com populares na porta da Prefeitura, Serrada compartilhou com pessoas que perderam seus empregos devido ao impasse criado por esse reajuste, que por medida de segurança jurídica e financeira, seu governo não pôde renovar o contrato de 174 pessoas ligadas à educação, entre professores, auxiliares, porteiros e serventes. 

Em tom ainda mais preocupado, ele alerta que caso tenha que cumprir o aumento de 33,24% há o risco de fechamento de 10 escolas rurais e demissão de cerca de 400 funcionários lotados em todas as áreas de sua gestão, o que põe em xeque inclusive o funcionamento dos serviços básicos de saúde em plena pandemia. 

Por fim, o prefeito comentou que propôs, ainda sem resposta, um reajuste de 10% para a classe e reforçou o pedido para que os professores honrem o compromisso com a educação voltando às salas de aula e delas continuem lutando por seus interesses, assim como fizeram os profissionais da saúde que requisitaram aumento de salário enquanto estavam no combate à Covid-19 nos hospitais e centros de saúde. 

Em conversa com o Ruy Barbosa Notícias, Cláudio disse que desafiou a APLB junto com o maior especialista em FUNDEB provar que Ruy Barbosa tem condições de pagar o reajuste, considerando os valores previstos para receber e plano de cargos e salários da categoria. Os gestores continuam a greve.

A coletiva contou com a presença de repórteres da Esperança FM, RB Líder FM, Renildo Boca Aberta e Ruy Barbosa Notícias. Segue a íntegra: https://www.instagram.com/tv/CaPmFF8B5a3/?utm_medium=share_sheet

Fonte: Coletiva de Imprensa - Esclarecimentos sobre volta às aulas e greve dos professores. 


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