A vacina contra Chikungunya desenvolvida pela farmacêutica francesa Valneva em parceria com o Instituto Butantan alcançou 98,5% de eficácia, segundo informações do centro de pesquisa brasileiro. Os resultados, considerados “animadores” pelos cientistas, foi anunciado na última sexta-feira (6) e faz parte da 3° fase de testes clínicos do imunizante, que está sendo realizado nos Estados Unidos.
“O resultado da fase 3 para a vacina significa que estamos um passo mais perto de combater essa ameaça de saúde pública. Vamos continuar trabalhando para trazer a vacina ao mercado o mais rápido possível”, comentou o diretor médico da Valneva, Juan Carlos Jamarillo.
O imunizante, chamado de VLA1553, foi testado em 4.115 pessoas e gerou anticorpos neutralizantes em 98,5% dos voluntários 28 dias após a aplicação da dose única. A candidata a vacina recebeu a premiação de revelação (Breakthrough Designation) pela Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória norte-americana. Além disso, os ensaios clínicos mostraram que o imunizante é bem tolerado em todas as faixas etárias.
A vacina contra Chikungunya já havia demonstrado bons resultados desde a fase 1 de testes, com 100% de soroconversão nos 120 voluntários, além de apresentar a permanência de anticorpos até um ano após a aplicação da dose. Até o momento, o imunizante é o único sendo desenvolvido contra a doença e, a Valneva e o Instituto Butantan já têm um acordo firmado para o desenvolvimento, fabricação e comercialização da vacina no Brasil.
A previsão é de que os resultados dos ensaios clínicos sejam divulgados em seis meses.
Fonte: Olhar Digital