DOUGLAS DIQUE CARNICELLI JÚNIOR: Empreender na pandemia é possível.

A instabilidade econômica ocasionada pela pandemia do Covid-19 provocou o aumento no número de desempregados em todo o País. 

Essa incerteza sobre o futuro e a necessidade de gerar receita faz com que aumente o número de pessoas que querem iniciar o próprio negócio, diz o empreendedor Douglas Dique Carnicelli Júnior.


Mas empreender durante a pandemia não é uma tarefa das mais fáceis e algumas dicas simples podem facilitar o processo. Começando o empreendimento enxuto, com presença digital e produtos oferecendo experiências afetivas.

Segundo Douglas Dique, existe uma tendência de as pessoas valorizarem a experiência proporcionada pela loja, indo além do produto em si. “A pandemia aflorou nossos sentimentos, e pelo fato de estarmos mais emotivos, a gente tenta encontrar afeto em tudo o que nos cerca. Não seria diferente na hora de uma compra”, explicou Douglas.


Algumas tendências de negócios já eram observadas antes da pandemia, porém foram aceleradas neste período. O analista do Sebrae, Vitor Abreu, lista alguns exemplos: “A preocupação com a saúde e o bem-estar era algo que as pessoas já buscavam e isso agora tende a aumentar. Também existe a busca por produtos e serviços sustentáveis, que envolve responsabilidade social em todos os sentidos. O consumidor está cada vez mais atento às marcas que promovem o chamado consumo verde”, afirmou o analista.


“A tecnologia voltada a negócios também é um segmento que deve prosperar após a pandemia. Serviços de automação e utilização de inteligência artificial já começaram a ser implementados em empresas. Hoje vemos até impressora 3D que produz alimento. Então abrir uma empresa voltada à tecnologia é algo promissor”, analisou Vitor Abreu.


Mesmo que o futuro empresário decida ter um negócio nestes segmentos, é importante que ele não se precipite. Antes de começar qualquer empreendimento, é preciso fazer um estudo sobre o mercado para ter a certeza de que o seu produto ou serviço não se tornará obsoleto em pouco tempo. Além disso, é fundamental estar atento às mudanças comportamentais que a pandemia do coronavírus causou nos consumidores.

“Observamos que muita gente que foi demitida utiliza as verbas rescisórias para empreender. Porém, se a pessoa não fizer um estudo adequado, acaba com um prejuízo maior, pois não terá mais a segurança financeira proporcionada pelas verbas rescisórias”, afirmou Rafael Ramos, economista da Fecomércio - PE.


Além do estudo sobre o mercado, o empresário deve traçar o perfil do seu cliente e elaborar a presença digital da empresa, para ir além das redes sociais. “O primeiro passo, considerando as mudanças no perfil de consumo, é analisar a forma de pensar do consumidor, entender que ele está mais preocupado com sua saúde e bem-estar. Também é preciso acompanhar o impacto tecnológico no segmento”, explicou Vitor Abreu. Por fim, é recomendado que a empresa comece enxuta. A vantagem se deve ao fato de que é mais fácil você aumentar a sua empresa do que reduzi-la. “Costumamos dizer que uma empresa enxuta é fácil começar, adaptar e terminar”, finalizou Vitor Abreu.



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