Otto defende Wagner e diz que conversas foram naturais

otto e wagner


O senador Otto Alencar, presidente do PSD na Bahia e ex-vice-governador do estado, classificou como naturais as conversas que foram vazadas no âmbito da Operação Lava Jato e que mostram o ex-governador Jaques Wagner tratando de apoio financeiro junto à OAS para apoio à campanha do então candidato à prefeitura de Salvador pelo PT, Nelson Pelegrino.


“Em um diálogo como aquele, ele tinha um candidato a prefeito. Naquela época, as pessoas podiam pedir ajuda junto às empresas para Pelegrino. Ele pediu ajuda para seu candidato, é ilegal isso?”, defende o senador.


O parlamentar ainda contextualizou o período em que as conversas estão inseridas. “Quem poderia imaginar que haveria o escândalo da Petrobras, que haveria a Lava Jato e surgiria essa série de malversação de recursos públicos com muita gente envolvida como o Nestor Cerveró, o Pedro Barusco, Paulo Roberto Costa. Naquela situação, é apenas um governador querendo ajudar seu candidato, nada mais”, reforçou.


Ainda na linha de defesa de que a conversa é algo natural, Otto destacou que os candidatos adversários de Wagner, hoje ministro da Casa Civil, e do próprio Nelson Pelegrino, tiveram que depender da ajuda de empresas para manter as respectivas campanhas. “Quem é que em 2012 não teve conversa com empresa para ajudar seu candidato?”, questiona.


Na avaliação do senador, os ataques seguidos ao ministro se devem ao “destaque que está tendo na Casa Civil”. “É natural que comecem a jogar bomba nele”, apontou Otto em entrevista à Tribuna, ao lembrar que o bombardeio começou após a entrevista que o ex-governador concedeu ao jornal Folha de S. Paulo dizendo que o PT se lambuzou ao usar ferramentas já utilizadas em gestões anteriores ao partido.


O pessedista ressaltou ainda os personagens que não gostaram do desprendimento do ministro ao falar do PT: Rui Falcão, presidente nacional do partido, e Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul. “Os que reagiram, certamente, não são os autores desses ataques”, ressaltou.


Apesar de fazer um tom de defesa do ex-governador da Bahia, Otto ressalta que não é advogado do petista e que não possui proximidade com a presidente Dilma Rousseff.


“Não sou senador palaciano e prefiro não ser. Não sei o que se passa no Planalto. Até com Wagner, de quem fui vice-governador, sou aliado, foi um grande governador. Nos oito anos que governou a Bahia não teve quem apontasse uma falha moral. Agora, embora apoie o governo, não sou do círculo que gravita em torno do Palácio e até discordo de muita coisa que saiu de lá”, disse o parlamentar.


Fonte: Tribuna da Bahia


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